Foram 20 anos no voleibol nacional e internacional. Carreira que começou cedo, aos 10 anos de idade com seu primeiro de tantos outros títulos, algo que aquele garotinho iria descobrir ao passar do tempo.
A inspiração veio de casa mesmo. Quando criança Cláudio Mergulhão Uchoa, acompanhava sua irmã nos treinos de vôlei na escola. Foi ali que nasceu a paixão pela modalidade.
Ele começou no Colégio Boa Viagem, onde teve como primeiro treinador, o professor Rogério, em seguida Murilo Amazonas, um dos técnicos mais importantes para o impulso da sua jornada. Já nessa época, o talento de Cláudio já era disputado por muitos treinadores.
Após a conquista de um título de Campeão Brasileiro Escolar com 12 anos, num Campeonato até 14 anos, um técnico do Colégio rival, viu algo de especial nele.
“Ele ofereceu uma bolsa de estudos. E para me segurar na instituição, o colégio que eu estudava ofereceu a mesma bolsa e por lá fiquei. Mas aquele técnico rival, chamado Luiz Paulo, não desistiu de mim tão fácil. À frente da seleção brasileira escolar que iria disputar o Sul-americano Escolar, no Peru, ele poderia convocar dois atletas de outra escola em todo o Brasil e uma das vagas foi minha” destacou.
Dalí por diante, o filho caçula de Cláudio e Denise Uchoa voava cada vez mais alto. Pois, aos 16 anos ele recebeu uma proposta para jogar em Minas Gerais, e terminar meus estudos colegiais por lá. Mas para isso, teria que me distanciar da família.
“Foi algo que jamais esquecerei, por ser a primeira experiência e todos percalços com 16 anos bem longe de casa. E aprendi a dar valores as pequenas coisas com essa idade”, ressaltou.
Porém ele mal sabia que era uma formação de experiências. A partir daí viriam outras viagens, outros estados, outros países e centenas de títulos. Pré-convocação para a Seleção Brasileira Infanto-Juvenil, Campeão Brasileiro de Seleções Estaduais e Campeão Brasileiro Universitário. Já no exterior, disputou por equipes de Portugal e Espanha, além de experiencias fora das quadras, na Noruega.
Apesar de outras conquistas na volta para o Brasil, agora com 31 anos, os objetivos mudaram.
No seu retorno, o levantador teve a oportunidade de integrar uma ONG denominada Projeto Émerson, que usa o esporte como ferramenta de incentivo para crianças e adolescentes carentes na região de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. Por lá, era voluntário dando treinamento em escolinhas, clínicas de vôlei e jogos de exibição em parceria com a Prefeitura da cidade, despertando em crianças o interesse pelo esporte.
“Tenho amigos que hoje estão na Seleção Brasileira, Campeões Olímpicos, e posso dizer que, é possível pra todos. Segui por outro caminho, de me formar, ter meu curso superior em detrimento do meu sucesso no esporte, recusei propostas de, na época, jogar em Superliga Nacional, para focar no meu conhecimento. E poder levar o esporte como uma ferramenta de cidadania, é algo de suma relevância para minha vida”, destacou.
Sempre abrindo o leque de possibilidades ao lado de profissionais altamente credenciados, Claúdio foi selecionado para a disputa da Superliga C Brasileira, no final do ano passado, ao receber uma proposta do AeroClube do Rio Grande do Norte. Lá, conheceu um dos mais capacitados treinadores que teve durante a carreira, o professor Carlos Eduardo, que notou a capacidade de liderança do levantador e integrou ele a um grupo bem conhecido na região, pelo elevado nível técnico.
Suas mais recentes conquistas foram, Campeão Copa Unifacisa, ano passado, ainda conquistando o posto de Melhor Jogador da Competição e Campeão Copa Regina Coeli já este ano, como duas vezes Melhor da Partida, durante a competição e a participação na Superliga C Brasileira.
Cláudio José Mergulhão Uchoa Filho, hoje erradicado em João Pessoa é natural de Recife, capital pernambucana. Há dois anos trabalha e joga na capital paraibana. Faz pós-graduação na Uninassau através de uma bolsa conquistada com o voleibol.
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